domingo, 29 de setembro de 2013

VIDA!


A grande sensação só veio mais tarde, quando uma equipa de astrónomos chineses que desenvolvera uma revolucionária concepção de análises espectrais, deu a conhecer à comunidade científica internacional o resultado dos seus trabalhos.
Os chineses, liderados pelo professor Lin Zeng Tao do Instituto Técnico e Astronómico de Pequim, concluíram da existência de clorofila dentro das 5 u.a., a partir da e de Eridanus!
A notícia caiu como uma bomba. As análises prosseguiram e os detalhes acerca da localização da clorofila acabaram por mostrar que ela vinha dum dos planetas gravitando na zona vital, a uma distância próxima dos 130 milhões de quilómetros, isto é: pouco menos que uma unidade astronómica - a distância da Terra ao Sol! A existência de clorofila - com o seu átomo central de magnésio - indicia a fotossíntese e as consequentes permutas biológicas, mediante a formação e posterior rejeição do anidrido carbónico, pelo mecanismo da respiração. Este factor é decisivo, já que os radicais-base dos outros compostos orgânicos necessários à vida tal como a conhecemos, parecem existir por todo o lado, no Cosmos. Desde 1968 que se conhece a existência de amoníaco fora do Sistema Solar; o metano, o etanol, o cianogénio (percursor do temível ácido cianídrico, com que apagar o bafo dos condenados de S. Quentin... e que - curiosamente!... - é um dos tijolos da vida), mais o aldaíde acético e outros, foram detectados na década seguinte. Como a pena colorida da avezita que o sábio navegador da Eridanus encontrou no rochedo perdido no meio do mar!
Por seu lado, na velha Terra, a análise dos meteoritos revelara ácidos aminados, as nossas conhecidas citosina, guanina, glicina... os tijolos do barro com se fazem bichos menores, ervas, pássaros e homens. A excitação aumentou ao ser anunciado que um segundo planeta também poderia ter clorofila! Ele encontrava-se um pouco mais distante da e de Eridanus, que o nosso Marte fica do Sol. As análises espectrais mostravam que o primeiro deveria ter clorofila em quantidades substanciais. Ficava por saber se ela era ou não proveniente dum estádio primário da evolução, com plântulas monocelulares descendentes das primitivas algas azuis idênticas às que moldaram a atmosfera terrestre, ou se era o resultado da actividade de outra vida inferior. Ao invés, poderia acontecer que a vida vegetal reinante tivesse atingido níveis de evolução semelhantes aos da Terra - quiçá maior - com plantas lacustres e algas marinhas, angiospérmicas de toda a espécie e mesmo árvores.
em A FEBRE DO OURO, pág 99

1 comentário:

  1. Mas sendo a distância da clorofila tão enorme, tal descoberta é-nos útil na prática ?

    Um abraço.

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