sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sapiens alfa e Sapiens beta



- A propósito... Possuem  Sapiens a e Sapiens b informações sobre metais raros ou preciosos, ouro, prata... diamantes...?
- Os sapiens sabem tudo sobre a febre do ouro dos nossos pioneiros navegadores e conquistadores... Conhecem as suas inesquecíveis aventuras, as suas glórias, as suas misérias e os seus dramas... Conhecem de cor a Encyclopaedia Brittanica, o Grande Larrouse e o Beilstein - esse monumental compêndio alemão de todas as moléculas conhecidas -, "leram" a Bíblia, os antiquérrimos manuscritos Ormuzd e Ahriman, dos Persas, o Zohar, o Ramayana, o Mahabharata e a vida de Arjuna que percorreu os universos na barca celeste de Indra, a História de Babilónia e parte da recentemente redescoberta História do Mundo Remoto que relata todos os acontecimentos relevantes desde a Criação até ao Dilúvio, escritas pelo sacerdote caldeu Berossus, mais o que se conhece dos Papiros do Mar Morto, o Kandschur e o Tandschur dos remotos tibetanos...
Parou para retemperar-se e humedecer a garganta e o palato com saliva fresca. E ajuntou ainda, outro tanto, ao que já dissera.
» Sapiens a e Sapiens b conhecem os truques de magia dos fakirs indianos, The Art of Jugling e Robert Houdini, todo o pensamento filosófico de Platão e Aristóteles, De Rerum Natura de Lucrécio, a História antiga contada por Astrabão e Mâneton, as epopeias de Gilgamesh e Rigveda, o Popol-Uuh dos Maias, Vergílio e Homero, Santo Agostinho, Lutero e Erasmo de Roterdão, a teoria dos quanta e a relatividade, The Plurality of Worlds de Whewell, Lenine e Hitler, as artes bélicas dos Persas, Alexandre, Átila, Napoleão, Ho Chi Minh... Quer que lhe diga mais? - o rosto iluminou-se-lhe. - Mas... repare! Um deles foi programado segundo uma componente... como direi... egocêntrica... e o outro... com uma componente humanista!... Digo assim, para ser breve, simplista, em relação à programação a que foram sujeitos... - esclareceu, desenvencilhando-se de explicações filosóficas, que não eram o seu forte. - E aqui é que está a beleza de tudo isto! Possuem o mesmíssimo conhecimento... mas têm ideias diferentes, soluções diferentes, ou até literalmente opostas...
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em A FEBRE DO OURO, pág 178

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