7 - As Sementes da Terra
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, "Picamos sempre, o cavalo que galopa."
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.,,,, Plínio, o Velho
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Depois do lançamento da Eratóstenes, a ciência
da astronavegação sofreu novos impulsos, mercê do aperfeiçoamento das técnicas,
a simplificação dos métodos e, sobretudo, o melhor aproveitamento e rendimento
da energia então utilizada nas viagens espaciais. O sonho ia aos poucos
parecendo possível. Ícaro aventurava-se cada vez mais próximos dos
luzeiros do céu, do oiro-vivo do fogo das estrelas O monge Bartolomeu descobria
um novo éter para a sua Passarola.
Durante o
meio-século que se seguiu, à medida que se iam sucedendo os anos e os
decénios, a Eratóstenes foi caindo no esquecimento. Os grandes meios de
comunicação, a imprensa a rádio e a televisão, deixaram por completo de falar
no assunto. Ainda antes da sonda ter percorrido metade do seu caminho, as
notícias praticamente só apareciam de ano a ano e mais tarde, de cinco em
cinco, fazendo relembrar que um engenho humano seguia para a Estrela de
Barnard, em missão de reconhecimento e estudo, levando sementes a bordo,
"para serem plantadas noutro mundo", e que a aparelhagem de bordo
continuava em bom estado de funcionamento e a enviar informações científicas "de
muito interesse".
A comunidade
internacional esquecera-a quase por completo.
Os mais
recentes avanços tecnológicos levaram mesmo muitos cientistas a considerá-la
obsoleta, em termos de veículo espacial. Já era possível ir mais longe e mais
depressa. E isto, apesar de ter revelado uma extraordinária precisão. Por seu
lado, os conhecimentos da física e do Cosmos que dela se esperavam, iam aos
poucos sendo adquiridos nas bases espalhadas pelo Sistema Solar, por intermédio
de poderosos telescópios, radiotelescópios e interferómetros que se erguiam na
Lua, em Marte, em Titã, no espaço interplanetário e mesmo na Terra.
As atenções concentravam-se, pois, nas experiências
biológicas, mais propriamente, botânicas. Resistiriam algumas sementes às
tremendas acelerações e desacelerações a que estavam sujeitas? Era possível que
sim. Em breve se saberia. Mas então... e os animais? Aí é que as coisas se
complicavam.
-----O sonho - o verdadeiro sonho - era, desde sempre, realizar a proeza de levar o homem, em carne e osso, a outros planetas das estrelas.
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em A FEBRE DO OURO, pág 165 -----O sonho - o verdadeiro sonho - era, desde sempre, realizar a proeza de levar o homem, em carne e osso, a outros planetas das estrelas.
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que essa fonte poética que tanto te caracteriza nunca deixe de manar beleza na palavra... assim como as lições de Astronomia.
ResponderEliminarUm grande abraço e Bom Ano 2013
Amigo poeta obrigada pela partilha no decorrer
ResponderEliminarde 2012 .
Desejo um Feliz Ano Novo muita saúde e muito mais poesia grande poeta.
Beijos ,Evanir.
Tenha um 2013 pleno de realizações poéticas e não só.
ResponderEliminarLídia
Um 2013 cheio de sucessos.Haja Esperança de que
ResponderEliminarem breve deixaremos de estar 'entroikados'.
Tudo de Bom
Abraço
Gosto de ficção científica por isso vou tratar de ler estes textos agora :)
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