A
grande sensação só veio mais tarde, quando uma equipa de astrónomos chineses
que desenvolvera uma revolucionária concepção de análises espectrais, deu a
conhecer à comunidade científica internacional o resultado dos seus trabalhos.
Os
chineses, liderados pelo professor Lin Zeng Tao do Instituto Técnico e
Astronómico de Pequim, concluíram da existência de clorofila dentro das 5 u.a., a partir da e
de Eridanus!
A
notícia caiu como uma bomba. As análises prosseguiram e os detalhes acerca da
localização da clorofila acabaram por mostrar que ela vinha dum dos planetas
gravitando na zona vital, a uma distância próxima dos 130 milhões de quilómetros, isto é: pouco
menos que uma unidade astronómica - a distância da
Terra ao Sol! A existência de clorofila - com o seu átomo
central de magnésio - indicia a fotossíntese e as consequentes
permutas biológicas, mediante a formação e posterior rejeição do anidrido
carbónico, pelo mecanismo da respiração. Este factor é decisivo, já que os
radicais-base dos outros compostos orgânicos necessários à vida tal como a
conhecemos, parecem existir por todo o lado, no Cosmos. Desde 1968 que se conhece a existência de amoníaco fora do Sistema Solar; o metano, o etanol,
o cianogénio (percursor do temível ácido cianídrico, com que apagar o bafo dos
condenados de S. Quentin... e que - curiosamente!...
- é um dos
tijolos da vida), mais o aldaíde acético e outros, foram detectados na década
seguinte. Como a pena colorida da avezita que o sábio navegador da Eridanus
encontrou no rochedo perdido no meio do mar!
Por
seu lado, na velha Terra, a análise dos meteoritos revelara ácidos aminados, as
nossas conhecidas citosina, guanina, glicina... os tijolos do barro com se
fazem bichos menores, ervas, pássaros e homens. A excitação aumentou ao ser
anunciado que um segundo planeta também poderia ter clorofila! Ele
encontrava-se um pouco mais distante da e de Eridanus,
que o nosso Marte fica do Sol. As análises espectrais mostravam que o primeiro
deveria ter clorofila em quantidades substanciais. Ficava por saber se ela era
ou não proveniente dum estádio primário da evolução, com plântulas
monocelulares descendentes das primitivas algas azuis idênticas às que moldaram
a atmosfera terrestre, ou se era o resultado da actividade de outra vida
inferior. Ao invés, poderia acontecer que a vida vegetal reinante tivesse
atingido níveis de evolução semelhantes aos da Terra - quiçá maior - com plantas
lacustres e algas marinhas, angiospérmicas de toda a espécie e mesmo árvores.
em A FEBRE DO OURO, pág 99
Mas sendo a distância da clorofila tão enorme, tal descoberta é-nos útil na prática ?
ResponderEliminarUm abraço.