quarta-feira, 17 de julho de 2013

O LANÇAMENTO DA S. GABRIEL


Aquando do lançamento da nave S. Gabriel - assim se chamava o veículo que deveria demandar o planeta de Eridanus -, a expectativa gerada à sua volta foi enorme. Desta vez, era quase certo que se iria encontrar um planeta possível de habitar. A viagem seria longa; e a colonização – presumível - da irmã-Terra, teria ainda de esperar centenas ou milhares de anos. Mas mesmo assim, dos quase nove mil milhões de habitantes do planeta azul que tem por deus supremo este querido e omnipresente Sol, poucos foram os que não assistiram aos últimos preparativos para a viagem e ao lançamento da S. Gabriel, em todos os écrans do Mundo.
A convicção quase generalizada era de que a nave iria encontrar vida biológica semelhante à nossa, quiçá vida superior, quiçá seres inteligentes sapiens, com as nossas próprias paixões e grandezas, os nossos próprios medos e misérias, a nossa mesma busca infinita do sonho. A nave, bem maior do que a anterior, atingiria o seu objectivo - a esperançosa epsilon de Eridanus -, quase setenta e cinco anos depois.
.
em A Febre do Ouro, pág 115

2 comentários: